segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Cenas do Caminho 22/01/2017






                  



ARTIGO: O Evangelho e a liberdade da Graça geram frieza espiritual?




   
     A mensagem do Evangelho e da liberdade da Graça sempre gerou contradições diante da mentalidade da religião. Sim, para muitos, viver a liberdade do evangelho da Graça implica em apatia espiritual ou até mesmo uma vida "sem compromisso com Deus", pois não havendo leis ou regras religiosas, não preciso me manter leal e obediente, correndo assim o risco de se cair na indiferença para com o sagrado e na  conseqüente libertinagem. Mas será isso mesmo?

     Essa contradição gerada pelo Evangelho da Graça sempre existiu. O Novo testamento revela que nos ensinos de Jesus já existiam tais indagações como: "Por que o vosso mestre come com publicanos e pecadores? Por que ele não lava as mãos ao comer? Por que ele cura no sábado? Por que jejuamos nós e os fariseus e os teus discípulos não jejuam?"(Mt 9.11,14). 

    Em seus dias, Jesus foi muito mal compreendido justamente pelo fato de não ensinar uma nova religião baseada em regras e ordenanças, pois o evangelho não é uma religião e sim "Espírito e Vida" que geram em nós uma nova consciência tendo o Amor como mandamento básico para a existência.

    Por sua vez, o apóstolo Paulo  também sofreu com as contradições da mensagem do evangelho da Graça, pois para muitos de sua época, Paulo era um pregador da libertinagem e do antinomismo (doutrina que ensina ser contra toda forma de lei). Em suas cartas no Novo testamento, há inúmeros embates de Paulo com muitos religiosos que não entendiam a genuína mensagem da liberdade da Graça e do Evangelho por ele pregado. Veja: 

"Por que não dizer como alguns caluniosamente afirmam que dizemos: Façamos o mal, para que nos venha o bem [...] A lei foi introduzida para que a transgressão fosse apontada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça. Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma!"(Rm 5.20-6.2).
    
     Atualmente também é comum ver pessoas com essa mesma mentalidade religiosa, cristãos que pensam que viver assim, livre e pacificado, implica em indiferença espiritual. Por isso, muitos pensam que "estudar demais a Bíblia te deixa ou doido, ou muito crítico", outros dizem que esse tal evangelho da Graça é uma "lavagem cerebral" e "desvia as pessoas"... Em certo sentido estão corretos mesmo, pois é uma constante "Metanóia" (mudança de mente) e nos faz desviar daquilo que não é o genuíno Evangelho...

    Por outro lado, é triste ver muitos que se dizem estar no evangelho da Graça, mas que, infelizmente, parece que nada mudou dentro deles, pelo contrário, acabam se enveredando pelo caminho de uma fé meramente psicológica, apática, criticista, sem piedade e sem devoção. Mas então, o que o evangelho da Graça muda em nós?

   O Evangelho da Graça nos melhora e nos salva de nós mesmos dia a dia. A consciência da Graça muda o nosso foco no relacionamento com Deus, pois o Evangelho nos ensina que a verdadeira espiritualidade não se baseia  em votos religiosos ou em tentativas de agradar a Deus por conta própria, antes somos estimulados a tão somente confiar na Graça e nas Palavras de Jesus, pois essas sim, em comunhão com Ele, tem o poder de nos santificar e nos transformar. Ficamos cada vez menos preocupados com leis religiosas e cada vez mais interessados no amor, no ensino e nas Palavras dEle.

     A mensagem da Graça e do Evangelho muda nossa forma de enxergar a vida, pois faz com que nossa espiritualidade fique menos templária e mais humana. O evangelho nos ensina que a genuína forma de adorar e servir a Deus não consiste em exclusivamente levantar as mãos em um templo ou em uma mera conferência de louvor e adoração, antes, servimos a Deus no rosto e na figura do nosso próximo, pois, como disse jesus: "quem receber a estes pequeninos, a mim me recebe"(Lc 9.48).

    O Evangelho da Graça muda nossa perspectiva de encontro com Deus, pois nos mostra que o eterno não é refém de geografias, nem de dias e nem de horários pré-estabelecidos pela religião. O Cristo nos ensina que a geografia e o altar de Deus é o coração e que o dia especial de Deus é o dia chamado hoje (Hb 3.13), cuja hora é justamente o agora com Ele.

   O Evangelho da Graça muda nossa forma de interpretar a realidade, pois nos ensina a "julgar todas as coisas para ver se procedem de Deus" conforme o espirito e os ensinamentos de Jesus. Isso não é uma mera prática de crítica cética, mas é o exercício constante de "acautelarmos por nós mesmos" sempre tomando cuidado com o "fermento dos religiosos fariseus"  e lembrando que muitos falsos apóstolos surgiriam em seu nome. Tal exercício nos faz cada vez mais dependente do aprendizado e do ensino do Novo Testamento. 
      
    O Evangelho muda, sobretudo, a nossa forma de enxergar e tratar o próximo e isso sem juízo peremptório, sem preconceitos (seja de que natureza for, racial, étnico, sexual) e intolerâncias. A consciência da Graça nos ensina que "Todos pecaram" e, por isso, ninguém é superior que ninguém, pois todos dependemos da mesma graça dEle. Essa mesma consciência da Graça nos ensina que quanto mais perto dele estivermos, mais conscientes de nosso pecado ficaremos. Portanto, livres das leis religiosas, mas dependentes  e constrangidos por seu amor!

    Lembremos sempre: O apóstolo Paulo quando era religioso e fariseu, se vangloriava no cumprimento da lei julgando-se irrepreensível e foi esse mesmo zelo pela lei que o levou a praticar intolerâncias e até perseguir pessoas de bem. Por outro lado, o mesmo apóstolo ao se encontrar com a Graça redentora, considerou toda sua vangloria religiosa como refugo e assim afirmava:

       "Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, DOS QUAIS EU SOU O PIOR. (I Tm 1.15)".

    Assim é o Evangelho da Graça e sua liberdade chocante, pois "se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, A GRAÇA NÃO É GRAÇA". (Rm 11.6)           
     

   Sim, a Graça que nos justifica é a mesma que nos santifica e transforma.

   Para que ninguém se glorie.    

   Pense nisso também!
     

   Samuel Nepomuceno

   23/01/2017.

    

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A Estação também caminha




 ATENÇÃO irmãos e amigos do Caminho Serra-Es,


 A partir do próximo Domingo dia 15/01, a Estação do Caminho da graça na Serra-Es NÃO SE REUNIRÁ MAIS na Escola Mundo Livre.
Enquanto estamos em processo de transição para um novo local de encontros, nos   encontraremos nas casas, parques e outros locais a serem definidos.
 Nossa primeira reunião do ano será realizada no próximo Domingo, dia 15/01, no parque da Cidade em Jardim Limoeiro, às 9hs da manhã.,
 Você é nosso convidado a viver a simplicidade do Evangelho e da fraternidade celebrando o amor que nos une.
 Para saber sobre local de nossos encontros entre em contato conosco pelas redes sociais ou pelos telefones:
   
 27 9 9738-4770 (Jean)

  27 9 9988-3892 (Jorge)


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

PODCAST: A verdadeira Libertação



Mensagem ministrada na Estação caminho da Graça Serra 18/12/2016.

           Ao se encontrar com um homem atormentado por espíritos,Jesus trouxe-o de volta à vida:

"E saíram a ver o que tinha acontecido, e vieram ter com Jesus. Acharam então o homem, de quem haviam saído os demônios, VESTIDO, em PERFEITO JUÍZO, e ASSENTADO aos pés de Jesus;" (Lc 8.35).  A verdadeira libertação no Evangelho implica em: 

  • BOM SENSO, Sim, O evangelho promove o bom senso que nos livra dos fanatismos religiosos, da intolerância e da insensatez, pois o homem que antes andava nu e sem senso, agora se vê vestido e lúcido na vida. 
  • PERFEITO JUÍZO; Sim, o Evangelho nos conduz a uma vida com sanidade e equilíbrio, sem arrogâncias de se achar superior aos outros e sem as ignorâncias promovidas pelo obscurantismo religioso, pois crer é também pensar! 
  • UM CONVITE PARA A VIDA; "volta para os teus" foi o convite de Jesus aquele homem que vivia sem afeto e presos em cadeias! A liberdade do evangelho consiste em viver a vida com Deus para além das paredes da religião. É viver a vida em Deus e viver Deus na vida!

Ouça a mensagem do último encontro do Caminho da Graça Serra em 2016.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

PODCAST: Carta de Paulo aos Tessalonicenses



                                  Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses


         Em nosso último encontro dia 27/11/2016 nos reunimos na estação do Caminho da Graça Serra-Es para refletirmos na mensagem do Evangelino contida na primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses.
     Nesse Podcast apresentamos um panorama expositivo dos principais temas abordados pelo apóstolo aos irmãos da Igreja de Tessalônica. Sua mensagem é pertinente e relevante, pois como Palavra eterna sua aplicação é mais do que útil e necessária em nossos dias. 
    Mais uma exposição panorâmica da nossa série denominada de "O Novo Testamento de Carreirinha".
        
          Ouça, discirna e aprofunde sua consciência no Evangelho!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Você quer caminhar com a gente?



      O Pastor Caio Fábio nos convida a fazer parte de um grupo de pessoas realmente interessadas em aprender o caminho do discípulo de Jesus.
     Oportunidade de crescimento e aprofundamento da consciência nas verdades do evangelho.

     Assista e compreenda o convite!

domingo, 9 de outubro de 2016

Artigo - Eu não me envergonho do Evangelho, mas me envergonho de muitos que se dizem "do Evangelho".



Vergonha alheia.


           Eu não me envergonho do Evangelho, mas me envergonho de muitos que se dizem “do Evangelho”.


Em sua carta aos Romanos, Paulo faz uma de suas afirmações mais marcantes acerca do Evangelho: “Pois não me envergonho do Evangelho, pois ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Eu também posso dizer isso, pois pela Graça revelada em Cristo encontrei não somente a Paz e uma bendita esperança, mas, sobretudo, o sentido para vida, pois o Evangelho não é mais uma religião no panteão das religiões, antes, é “Espírito e vida”, uma realidade interior que nos transborda de dentro para fora.

Eu não me envergonho do Evangelho, todavia, me envergonho de muitos que se dizem do evangelho, mas seus frutos em nada condizem com o espírito e a simplicidade de Jesus, pelo contrário, são discípulos da religião de homens que sempre anda na contramão da liberdade do Evangelho.

Envergonho-me de muitos que se dizem do Evangelho e se sentem secretários da trindade ao ponto de julgarem quem vai pro céu ou pro inferno. Sim, muitos “evangélicos” parecem desejar mais que as pessoas vão para o inferno do que para o céu, até parece que “o filho do homem não veio para salvar a vida dos homens, mas destruí-las”.

Envergonho-me dos que se dizem do Evangelho, mas pensam que “fora da Igreja não há salvação”, pois para eles, Igreja é templo feito por mãos humanas e é a casa de Deus, portanto, quem não frequentar “a casa de Deus”, não tem Deus com ele. Que ledo engano! Pensam que Igreja é concreto e tijolo, não leram que o lugar de Deus é “em Espírito e em verdade” e esqueceram que o Caminho que leva ao Pai é somente pelo filho Jesus, até professam que Jesus é o Caminho, mas na verdade fazem da igreja um atalho de mediação.

Envergonho-me dos que se dizem do evangelho e se julgam como os únicos detentores da verdade, caindo assim em uma presunção e uma antipatia insuportável, pois sempre se vêem como superiores aos outros por se acharem “filhos de Abraão”. Certamente nunca leram que até das pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão e, além disso, o genuíno discípulo de Cristo é humilde, pois sabe que toda verdade que ele possa conhecer, ainda é verdade “em parte” (I Co 13.9). São mais filhos do sectarismo do que discípulos do amor.

Envergonho-me dos que se dizem do evangelho e se acham mais santos do que Deus. Sim, uma presunção de santidade farisaica e arrogante. Pensam que santidade é comportamentalismo humano que resulta em “ser do mundo” ou “ser de Deus”. Na tentativa de não “ser do mundo” criaram um mundo paralelo do mundo real e que muitas das vezes é chamado de “mundo gospel”. Não aprenderam a verdadeira santidade de Jesus, pois o mestre comeu e bebeu com publicanos e pecadores e, além disso, orou ao Pai que não os tirasse “do mundo”, mas os livrasse do mal (Jo 17.15). Santidade é obra da Graça no discípulo.

Envergonho-me dos que se dizem evangélicos e são moralistas e excludentes. Em nome de uma religião sem amor e sem inclusão, praticam todo tipo de preconceito racial, de gênero, étnico e religioso. O resultado triste dessa realidade está visível na “bancada evangélica” na política, que cada vez mais levanta a bandeira da segregação e da homofobia. Desprezaram as Palavras do Mestre que diz “vinde a mim TODOS” e, além disso, não compreenderam que em Cristo não há segregação , pois "Nele não há judeu, nem grego, nem escravo, nem homem e nem mulher" (Gl 3.28).

Envergonho-me dos que se dizem do Evangelho e têm o vício de demonizar tudo que lhe é diferente. Sim, estes se dizem cristãos, mas falam mais no diabo do que em Deus. Eles até professam que Deus é maior, mas na prática morrem de medo do diabo, pois vêem o diabo no desenho animado, no refrigerante, na música afro, na arte oriental, na cultura asiática... Só não vêem o diabo pregando o falso evangelho em seus púlpitos. Parece que não são discípulos daquele que disse “está consumado!” e, com isso, venceu principados e potestades de uma vez por todas na cruz.

Envergonho-me dos que se dizem do evangelho e ainda vivem sob a mediação de leis religiosas. São muitos os que “da graça decaíram”, ou talvez, nunca conheceram a Graça, visto que ainda preferem agradar a Deus com suas próprias obras cumprindo leis e mandamentos de homens, burocratizando aquilo que Jesus simplificou e sintetizou em amor. Sim, me envergonho por ver muitos anularem a Graça e se vangloriarem na Lei, seja a lei de Moisés, seja a lei de “usos e costumes evangélicos”. Acho que não entenderam que “se agradamos a Deus cumprindo regras, segue-se que Cristo morreu em vão” (Gl 2.21).

Além destas, existem várias outras práticas que vejo entre os que se dizem do Evangelho e que me causam vergonha. Não uma vergonha por me sentir parte desse meio, mas uma vergonha alheia, uma vergonha misturada com perplexidade e certa tristeza.

Isso mostra, cada vez mais, a necessidade de se pregar e viver o evangelho simples de Jesus em meio a tanta religião em seu nome.

Pense nisso você também!


Samuel Nepomuceno
09/10/2016.

Caminho da Graça Serra-Es.